Hoje eles são mais de 9 mil orbitando o planeta e de extrema importância para áreas como comunicação, navegação, ciência, meteorologia, desenvolvimento tecnológico, defesa, exploração e observação espaciais e voo “tripulado, entre outras.

Desde o lançamento do primeiro satélite do mundo em órbita pelos soviéticos em 1957, o Sputnik 1, as atividades espaciais resultaram em um grande e crescente número de objetos lançados e outros deixados para trás na órbita da Terra e aí que está o problema. Esses detritos espaciais são um subproduto indesejável da comida espacial, porque, não apenas o obstruem, mas também podem causar danos em solo terrestre

Esse artigo é mais uma curiosidade sobre tecnologia espacial são tantos satéites sobre nossas cabeças que muitos pontos brilhantes que vemos no céu à noite ratam-se desses objetos levados até lá pelo homem. Diferente das estrelas que cinfilam ou planetas, os satéites estão sempre em movimento.

Atualmente, cientistas rastreiam mais de 29.000 pedaços de lixo espacial que são maiores do que uma bola de sofiball, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA). Isso inclui cerca de 3.000 satéites extintos que foram abandonados para decair em órbita, segundo o Museus de História Natural de Londres.

Outro dado é que, dos cerca de 9 mil satélites em órbita na Terra (alguns já falam em 11 mil), quase 5 mil deles pertencem à Starink, projeto da Space para transmitir serviço de internet para o mundo. Do total, 52 satélites estão sobre o espaço do Brasil, sendo que, 16 são brasileiros e 38 estrangeiros.

Como se não bastasse, esses números podem subir nas próximas décadas por causa do lançamento de milhares de novos satélites de outras empresas e diversas nações. Um estudo recente publicado na revista Science mostrou um dado alamante sobre a ocupação da órbita baixa da terra (LEO na sigia em inglés): mais de um milhão de satélites estão programados para chegar a essa região do espaço, localizada abaixo dos dois mil quilômetros de alttude, que já abriga milhares de objetos orbitais.

Para chegar a essa estimativa, pesquisadores da Universidade British Columbia, em Vancouver no Canadá, analisaram dados recentes de registros feitos na União Intemacional de Telecomunicações (UIT), a agência das Nações Unidas responsável pela concessão de licenças para instalação de satélites na LEO.

Os futuros satélites protocolados por nações do mundo inteiro são distribuídos em 300 megaconstelações. Sua instalação efetiva representaria multiplicar por 115 o número de satéites funcionais existentes. Um dos autores do estudo alertou serem necessárias regras nacionais e internacionais para enfrentar os desafios de sustentabilidade associados, como riscos de colisão, poluição luminosa e riscos de reentrada na atmosfera.

Analisando os registros da UIT entre 2017 e 2022, os pesquisadores perceberam que os países têm solicitado constelações infinitamente maiores que a da veterana Starink, da SpaceX, atualmente com cerca de 5 mil satéites em órbita. Para se ter uma ideia, uma única constelação — a Cinnamon-937 do Ruanda — projeta um total de 337.320 corpos celestes artificiais.

Recentemente, um pedaço de lixo espacial caiu no teto de uma casa na Flórida, nos Estados Unidos. À Nasa confirmou mais tarde que o objeto procedia de hardware indesejado liberado da estação espacial internacional. Segundo a Nasa, seria normal que o pedaço de hardware de 700 g de peso e 10 cm de comprimento queimasse ao entrar na atmosfera terrestre. Mesmo um pedaço relativamente pequeno de lixo pode causar danos consideráveis 30 cair do espaço.

Isso levanta várias questões importantes. Quem é responsável por danos causados por objetos feitos pelo homem que caem do céu? Algo pode ser feito para evitar que isso aconteça? Felizmente, tratados internacionais fornecem algumas respostas para a primeira questão, enquanto desenvolvimentos recentes ajudam com a segunda.

O tratado do espaço sideral de 1967 diz que o país que autorizou o lançamento (conhecido como “estado lançador) é responsável por danos causados a pessoas ou coisas na Tera. A convenção de responsabilidade da ONU, que entrou em vigor em 1972, também tona essa responsabilidade absoluta por danos na Terra ou a aeronaves em voo.

O conceito de responsabilidade absoluta significa que a responsabilidade se aplica independentemente de quem foi a culpa. Os países também são responsáveis por seções de naves espaciais e foguetes lançados por empresas privadas. Isso ocorre porque o artigo 6 do tratado do espaço sideral toma as nações responsáveis pelas atividades de seus cidadãos no espaço sideral.

Então, se um pedaço de lixo espacial lançado por um país pousa ou cai em outro, o estado que lançou o objeto é responsável por qualquer compensação financeira que possa resultar dos custos de danos ou limpeza. É importante notar que esses princípios se relacionam com o direito internacional. Um objeto do Brasil que danifica propridade no Brasil é uma questão para a lei brasileira.

Todos os objetos na órbita da Terra estão caindo em direção à Terra. Satélites ativos se envolvem em “manutenção de estação” para permanecer em sua órbita pretendida. Satélites inativos — aqueles que não funcionam mais ou estão desabilitados de alguma forma - não serão capazes de executar essa tarefa.

Suas órbitas cairão constantemente até que eles reentrem na atmosfera da Terra. Dos cerca de 9.000 (ou 11.000) satélites em órbita hoje, estima-se que cerca de 3.000 estejam inafívos, como já disse anteriormente.

Há duas opções principais para as melhores práticas quando a vida útil de um satélite ativo chega ao fim. Uma é mover o satéite para uma órbita mais alta - conhecida como órbita de cemitério - para atrasar a data de reentrada (por centenas ou até milhares de anos). Outra é reorientar o satélite para garantir que ele reentre de uma maneira que garanta que ele queime na atmosfera ou que ele possa causar apenas danos mínimos no solo.

No entanto, devido a mau funcionamento ou danos, alguns objetos espaciais ainda passam por uma reentrada não planejada pela atmosfera da Terra e podem, portanto, pousar em qualquer lugar. À Terra é grande, no entanto, então, o risco de um determinado objeto espacial causar danos a pessoas ou propriedades é baixo, particularmente porque um objeto espacial também precisa sobreviver ao calor escaldante da reentrada, que faz com que muitos pedaços de lixo espacial queimem.

Apesar disso, o xo espacial pode às vezes atingir o solo. Alguns, como os destroços do Skylab, a primeira estação espacial dos EUA, caíram no oeste da Austráia em 1979, mas não causaram danos. Outros destroços espaciais, como o Cosmos 954, um satélite soviético movido a energia nuclear, espalharam perigosos destroços radiativos pelo norte do Canadá quando reentrou em janeiro de 1878.

Enquanto essa limpeza custou ao governo canadense 14 milhões de dólares canadenses (cerca de 5,3 milhões de libras em taxas de câmbio de quatro décadas atrás), a União Soviética reembolsou o governo canadense em 3 milhões de dólares canadenses. Esse continua sendo o teste mais significativo dos tratados espaciais e mostra as limitações nas proteções fomecidas pelo direito internacional porque à compensação foi uma fração do custo da limpeza.

Sobre o objeto que danificou a casa na Flórida, o mesmo era americano, portanto, o incidente não testará os tratados espaciais, já que ocorreu em solo americano e, portanto, fica a cargo de lei dos EUA.

Uma coisa é certa, quanto mais objetos forem lançados no espaço sideral, mais deles retomarão à Terra. De fato, todos eles eventualmente entrarão na atmosfera e nem todos queimarão no processo.

Mas, embora a chance de um pedaço de satélite atravessar o telhado da sua casa continuar muito baixo, à medida que mais naves espaciais são lançadas e mais satélites são colocados em órbita, o risco de queda de lixo espacial aumentará consideravelmente.

É bom olhar pro céu de vez em quando!

Fonte: Jornal de Uberaba

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