
Vivemos conectados. Redes sociais, aplicativos de mensagem, plataformas de vídeo e marketplaces fazem parte da nossa rotina, mas junto com toda essa conveniência digital, surgem também riscos, abusos e um cenário sem regras claras. Por isso, é urgente e necessário afirmar: o Brasil precisa de uma regulação eficaz para garantir um ambiente digital mais seguro e equilibrado.
Por que falar em regulação?
Diferente do que muitos pensam, regulação não significa censura. Estamos falando de criar regras mínimas que garantam transparência, responsabilidade e proteção para quem usa a internet — ou seja, todos nós.
Hoje, conteúdos falsos, discursos de ódio, golpes digitais e práticas antiéticas circulam livremente nas principais plataformas, sem que exista um mecanismo claro para responsabilizar quem lucra ou dissemina esse tipo de material.
O que está em jogo?
Sem uma regulação adequada, quem paga a conta somos nós, usuários e cidadãos, que:
- Sofremos com a desinformação (fake news que impactam eleições, saúde pública, segurança).
- Temos nossos dados usados sem controle para fins comerciais ou políticos.
- Somos vítimas de golpes, fraudes e manipulação algorítmica.
- Vivemos em um ambiente digital onde quem grita mais alto (e, muitas vezes, espalha mentiras) tem mais visibilidade.
Além disso, pequenos produtores de conteúdo, empresas locais e criadores independentes acabam competindo de forma desigual com grandes plataformas que controlam o fluxo de informações e anúncios.
O que seria uma regulação eficaz?
Uma boa regulação digital deve ser:
- Transparente: Plataformas precisam informar como funcionam seus algoritmos e quais critérios usam para moderar conteúdo.
- Responsável: Empresas devem ser responsabilizadas quando permitirem a disseminação de conteúdos ilegais ou prejudiciais.
- Protetiva: O usuário precisa ter garantias de segurança, privacidade e direito à informação correta.
- Equilibrada: A regulação deve proteger a liberdade de expressão, mas impedir abusos e práticas criminosas.
O Brasil está atrasado?
Vários países já deram passos importantes nesse sentido. A União Europeia, por exemplo, aprovou a Lei de Serviços Digitais, que obriga plataformas a serem mais transparentes e responsáveis. O Brasil discute iniciativas como o PL das Fake News (Projeto de Lei 2630/2020), mas o debate avança devagar, cercado de interesses conflitantes.
É essencial que essa discussão saia do papel e seja feita com participação ampla — de empresas, especialistas, usuários e sociedade civil — para que as regras não sejam feitas apenas para atender interesses de grandes corporações ou políticos de ocasião.
Regular é proteger
A internet não pode ser uma terra sem lei. É hora de criar um ambiente digital onde direitos sejam respeitados, a informação tenha qualidade e todos possam navegar com mais segurança e equilíbrio.
Regulação digital não é um obstáculo à liberdade. É um caminho para garantir que essa liberdade exista de forma saudável, ética e responsável.
Autoria de Grupo Cruvinel por WMB Marketing Digital.
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